São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu principal cabo eleitoral, participam de um evento nesta quinta-feira (26/9) na Assembleia de Deus – Ministério Belém, uma das mais importantes igrejas da denominação, na zona leste da capital paulista. O evento ocorre após o adversário Pablo Marçal (PRTB) publicar um vídeo com o presidente da entidade, José Wellington Costa, em que o religioso “fez o M” com a mão, a pedido do influenciador.
O vídeo foi publicado na noite de terça-feira (24/9). Marçal diz que veio “tomar conselho e oração” com José Wellington e pede para que o pastor, que tem 89 anos, faça a letra M com as mãos, gesto que o influenciador tem repetido na campanha. O pastor faz o gesto, mas também olha para a mão de Marçal e diz: “Fique sarado logo, se Deus quiser”.
“Esse cara, esse mentiroso, esse estelionatário, de mentira, ele criou uma história. Ele chegou lá no final e acabou publicando que tem o apoio do pastor José Wellington e da igreja. É mentira, não é verdade. Ele [pastor] não apoia ele [candidato]. Então, ele fica o tempo inteiro criando essas mentiras”, disse Nunes nesta quinta-feira.
Nunes vai bem nas pesquisas de intenção de voto entre o eleitorado evangélico, segundo avaliação de sua equipe. Marçal, que mira o eleitorado conservador para crescer nas pesquisas, tem feito acenos às igrejas evangélicas.
Por isso, diante da repercussão do vídeo em que o pastor supostamente apoia Marçal, a equipe de Nunes montou uma operação de contenção para desmentir a publicação do influenciador — e, para isso, escalou Tarcísio, que tem boa interlocução com esse eleitorado.
Nunes, no entanto, negou a relação entre o evento dele e do governador com o vídeo do adversário. “Eu vou lá hoje porque já estava planejado ir lá. Eu já estive no domingo, acho que ele [Marçal] foi na terça”, disse o prefeito.
Via metrópoles